quinta-feira, 30 de maio de 2013

HERANÇAS MEDIEVAIS REGIONAIS


UMA BREVE HISTÓRIA DO CARNAVAL NO BRASIL


No Brasil, o Carnaval foi introduzido pelos portugueses. Seu nome era entrudo-palavra que vem do latim introitus e que designa as solenidades litúrgicas da Quaresma. O entrudo chegou ao Brasil por volta do século XVII e foi influenciado pelas festas carnavalescas que aconteciam na Europa. O Carnaval daqui foi, até a metade do século XIX, uma festa de muita sujeira e molhação

Os escravos a festejavam sujando-se uns aos outros com polvilho e farinha de trigo, ou espirrando água pelas ruas com o auxílio de uma enorme bisnaga de lata. As famílias brancas, refugiadas em suas casas, brincavam o Carnaval fazendo guerras de laranjinhas-pequenas bolas de cera que se quebravam espalhando água perfumada, ou então, jogando de suas janelas um líquido não tão cheiroso na cabeça dos passantes. Por isso as pessoas evitavam sair às ruas durante os dias do entrudo. Isso fez com que os bailes de máscara, realizados apenas para a elite durante o Primeiro Império, e, a partir da década de 1840, para a classe média, fizessem muito sucesso. Nesses bailes, que eram pagos e feitos em teatros e hotéis do Rio de Janeiro, não se dançava o samba, mas sim o schottische, as mazurcas, as polcas, as valsas e o maxixe, que era o único ritmam genuinamente nacional. Somente em 1869, quando o ator Correia Vasques adaptou a música de uma peça francesa e deu para essa adaptação o nome de Zé Pereira-mesma música que é cantada até os dias de hoje, apareceu a primeira música de Carnaval. Até então, todas as músicas eram instrumentais ou em outro idioma. O carnaval da rua, entretanto, quase não existia. Tudo à custa da violência que tinha o entrudo.

Em países como Itália e França, o carnaval ocorria em formas de desfiles urbanos, onde os carnavalescos usavam máscaras e fantasias. Personagens como a colombina, o pierrô e o Rei Momo também foram incorporados ao carnaval brasileiro, embora sejam de origem europeia.



Fonte:globotv.globo.com




História das marchinhas de carnaval

Marcha de Carnaval, também conhecida como "marchinha", é um gênero de música popular que foi predominante no carnaval dos brasileiros dos anos 20 aos anos 60 do século XX, altura em que começou a ser substituída pelo samba enredo em razão de que as escolas de samba não queriam pagar os altos preços cobrados pelos compositores musicais. No entanto, no Rio de Janeiro, as centenas de blocos carnavalescos que anualmente desfilam durante o carnaval continuam, a cada ano, lançando novas marchinhas e revivendo as antiga.
Foto: Will Assunção

A primeira marcha foi a composição de 1899 de Chiquinha Gonzaga, intitulada Ó Abre Alas, feita para o cordão carnavalesco Rosa de Ouro. 

Um estilo musical importado para o Brasil, descende diretamente das marchas populares portuguesas, partilhando com elas o compasso binário das marchas militares, embora mais acelerado, melodias simples e vivas, e letras picantes, cheias de duplo sentido. Marchas portuguesas faziam grande sucesso no Brasil até 1920, destacando-se Vassourinha, em 1912, e A Baratinha, em 1917.

Inicialmente calmas e bucólicas, a partir da segunda década do séc XX passaram a ter seu andamento acelerado, devido a influência da música comercial norte-americana da era jazz-bands, tendo como exemplo as marchinhas Eu vi e Zizinha , de 1926, ambas do pianista e compositor José Francisco de Freitas, o Freitinhas.
A marchinha destinada expressamente ao carnaval brasileiro passou a ser produzida com regularidade no Rio de Janeiro, a partir de composições de 1920 como Pois não de Eduardo Souto e João da Praia, Ai amor de Freire Júnior e Ó pé de anjo de Sinhô, e atingiu o apogeu com intérpretes como Carmen Miranda, Emilinha Borba, Almirante, Mário Reis, Dalva de Oliveira, Silvio Caldas, Jorge Veiga e Blecaute, que interpretavam, ao longo dos meados do século XX, as composições de João de Barro, o Braguinha e Alberto Ribeiro, Noel Rosa, Ary Barroso e Lamartine Babo. O último grande compositor de marchinha foi João Roberto Kelly.

Fonte: noticiasderiodecontas.blogspot.com.br




Carnaval de Rio de Contas


http://4.bp.blogspot.com
Conforme registros encontrados no Arquivos Público Municipal de Rio de Contas, o carnaval riocontense teve início em 1913, ano em que foi organizado o bloco carnavalesco chamado de "Bloco do Avacalhamento", constituído por um grupo de pessoas que usavam máscaras com caras de vacas ou bois, confeccionados em papelão e cantavam versos do Avacalhamento, cuja conotação da letra era crítica e satirizava os costumes e a      política da época.   
 O carnaval de Rio de Contas é um dos mais disputados do interior do Estado. Considerada  como a  Cidade Baiana da Cultura, todos os anos milhares de foliões lotam o Centro Histórico da cidade na Praça Esaú Pinto (antiga Praça Senador Tanajura). 

Fonte: Arquivo municipal/riodecontas 




FEIRA LIVRE DE LIVRAMENTO






A grande feira livre de Livramento é uma das maiores do sertão da Bahia
A feira-livre, que se realiza aos sábados, em Livramento de Nossa Senhora, é considerada a maior do sertão baiano. Tem, praticamente, de tudo. De produtos piratas a remédio caseiro para cura da impotência sexual. Claro, porém, que seu forte são os alimentos, frutas, hortigranjeiros e o mercado de carnes. Há uma variedade enorme de bolos, doces, incluindo a tradicional rapadura, mel de abelha, farinha. Existem barracas que vendem produtos de supermercados, calçados, roupas, utensílios para cozinha e uma enormidade de quinquilharias.
Em sua maioria, os produtos são muito atraentes, de boa qualidade e originários do município, embora haja muitas mercadorias vindas de outros municípios e até de outros estados, como os industrializados. É uma grande feira! Mas seu principal atrativo são os preços, principalmente dos cereais e hortifrutigranjeiros produzidos na região. Ela funciona dentro e em volta do Mercado Municipal, expandindo-se por ruas adjacentes, a partir da Praça João Marques de Oliveira, antiga Aloísio Short, no centro da cidade.
Fizemos um giro pelo local e ouvimos alguns dos feirantes mais antigos, que foram unânimes em afirmar que é uma boa feira. Houve até quem testemunhasse, por conhecer outras na região, ser a Feira de Livramento a maior e melhor do sertão baiano. Isso é mais uma prova de que o município transformou-se, de fato, em pólo comercial e econômico da Chapada Diamantina. Mas houve também uma opinião unânime: a feira precisa ser mais bem organizada.
Fonte: mandacarudaserra.com  




Melhor que o “Viagra”
A outra atração da feira é Maria Aparecida Rosa dos Santos, a “Cida”, que há cinco anos, segundo ela, vende uma infinidade de remédios caseiros, como pomada indiana, quina, catuaba, noz moscada. “Para que serve a catuaba?”, perguntamos só para provocar. Ela ri muito, antes de começar a responder. “Catuaba serve ... (não se controla e volta a rir novamente, até conseguir completar a frase, envergonhada)... serve para sexual”. 
Exigindo uma explicação para objetiva, insistimos: “Faz o que com o sexo?”. Mais relaxada e sem qualquer vergonha, responde, na tampa: “Aumenta a tesão”. Não perguntamos mais nada. Mas ela garante que “é melhor que viagra”, acrescentando que é o produto que ela mais vende, seguido da pomada japonesa, casca de sucupira e a semente de imburana. Sobre a feira, é categórica: “A feira é muito boa!”. E, para melhorar, sugere: mudar a cobertura do barracão que tem goteiras e também colocar um tambor para recolhimento do lixo.
 Fonte: http://www.youtube.com





A LITERATURA DE CORDEL


    
(...)
Entrego agora pra todos
O meu singelo cordel
Falei da vida do povo
Do escravo ao coronel
Construindo esta terra
Em paz e sem fazer guerra
Fizeram o seu papel.


Quem quiser fazer melhor
Que venha aqui escrever
Trabalhar e pesquisar
Queimar pestana a valer
Contar a vida do povo
Desmanchar, fazer de novo
.





A professora Ester Lígia Machado Almeida lançou no dia 21, no Centro Diocesano de Livramento, o seu sexto livro de cordel, intitulado “Livramento de Nossa Senhora – Oásis do Sertão Baiano”, publicado com o apoio cultural da prefeitura municipal.
Segundo a autora, a obra trata da história e da memória do município de Livramento de Nossa Senhora, Bahia, desde sua fundação e colonização, mostrando as tradições locais, cultura, economia, filhos ilustres, famílias e os modos de viver e fazer do seu povo.
Acrescentou que o trabalho faz parte do “Projeto Um Cordel Para Livramento”, classificado em 6º lugar na seleção local e 82º na etapa nacional do “Prêmio Mais Cultura de Literatura de Cordel – Edição 2010-Patativa do Assaré”, promovido pelo Ministério da Cultura.
O “Encontro Literário” em que se deu o lançamento teve, ainda, a “Exposição de Arte em Papel Machê”, do artista plástico Pedro Souza, de Rio de Contas. Ele possui vasto e elogiado acervo, destacando-se bonecos gigantes e as tradicionais máscaras utilizadas no carnaval.
Ele começou a carreira em 1987 e já possui obras espalhadas pela maioria das cidades da Chapada Diamantina, além de cidades maiores como Vitória da Conquista e Salvador. Em Livramento, ele presta orientação técnica aos integrantes do Pró-Jovem e do CAPS.
 




  

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

SINTESE DO TEXTO HISTORIA EM MIGALHAS – François Dosse



Em seu texto Dosse aborda de forma oportuna e desmistificadora sobre um importante “movimento”, iniciado em janeiro 1929 por Bloch e Febvre com o lançamento de uma revista. A partir da existência desta revista e das revoluções que o período pós-guerra gera, novas e importantes contribuições surgem para a historiografia naquela atualidade passando a construir o que posteriormente passa a ser chamada de “história nova”. Segundo o autor este “movimento” não só foi importante só para os estudos históricos, mais também, para a formação profissional dos historiadores, visto que a filosofia deste “movimento” baseava-se em uma historiografia com novas abordagens metodológicas. Segundo ele ”... passamos insensivelmente da biografia dos grandes heróis da história ... para as biografias dos heróis obscuros do cotidiano” (Dosse, p. 15).
Segundo Dosse, as quebras dramáticas da economia capitalista, a qual se encontrava mergulhadas na deflação, na recessão e no desemprego, que atingia em escala mundial, colocam a ideia de progresso relacionada ao acúmulo de bens matérias em questionamentos. É neste cenário que a revista desloca seu olhar dos aspectos políticos para os aspectos econômicos e ganhando assim crescimento evolutivo como em suas palavras cita “a economia torna-se o aspecto pelo qual a sociedade dos anos 20 e 30 se pensa, e é nesse ambiente que a revista de história econômica e social  de Marc Bloch e Lucien Febvre vai evoluir como peixe dentro d`água” (Dosse, p. 22).
Ainda neste começo de século um outro pólo impulsionador com vitalidade particular surge na França; uma disciplina tradicionalmente próxima dos historiadores – a geografia vidaliana de Pierre Vidal de La Blache que também se consagra na reação contra o positivismo da escola historiográfica tradicional pretendendo eliminar em sua literatura a ênfase ao mero acontecimento, ao fato político. Esta nova visão geográfica vidaliana busca fixar-se no tempo atual e interessa-se por tudo que se mantém no presente, pelas permanecias de tudo que formam nossas paisagens valorizando o “meio”, o “modo de vida”, “o quotidiano”. Tendo o homem como seu objeto principal a geografia vidaliana retratada de forma descritiva, caracterizar-se como a ciência dos lugares, das paisagens, dos efeitos visíveis sobre a superfície terrestre, dos diversos fenômenos naturais e humanos. Para ela o homem humaniza a natureza ao mesmo tempo em que se dá à naturalização. A geografia neste período ganha terreno por participar de numerosos comitês de projetos de investimentos estatais. Esse elo entre eruditos e o poder gera trabalho de campo e beneficia uma geografia que responde à demanda social, enquanto que a história nesses anos encontra-se totalmente desvinculada do presente. Com a criação em 1941 do concurso de ingresso à carreira universitária de geografia a progressão dos geógrafos é consagrada. Em 1914 calculava-se que havia 01 professor de geografia para 05 de história. Em 1938 essa proporção passa para 01 para 03. Percebe-se neste período uma forte crise no ofício de historiador que só consegue ganhar novas perspectivas a partir da observação da própria revolução do espírito científico a partir do surgimento das novas teorias que surgem no meio cientifico como: a cinética dos gases, a mecânica einsteiniana e a teoria dos quanta que alteram profundamente as ideias cientificas. Neste cenário a pesquisa histórica tem como base a teoria das probabilidades. Lucien Febvre e Marc Bloch tentam substituir a história geral tradicional por uma história experimental onde o conhecimento é mediado por estudos de caso.
Segundo o autor a Escola metódica defina seus métodos redigidos por Charles Langlois e Charles Seignobos em 1898. Segundo o guia destes estudantes a história apresenta-se como instrução cívica. Unidos nesta ação estes dois historiadores definem quatro etapas da pesquisa histórica. Em primeiro lugar o historiador deve reunir os documentos e classifica-los. Em seguida deve-se proceder a crítica interna dos mesmos e depois por dedução ou analogia esforçar-se para encadear os fatos preenchendo as suas lacunas organizando-os em uma sequência lógica.
Na escola historicizante um, autor de grande destaque é Ernest Lavisse que tem por objetivo unir a comunidade nacional contra a população alemã. Segundo ele a história é um apelo, um antegozo da mobilização geral. Ela deve fortificar um estado de espírito guerreiro, resgatar os traços construtivos do superego nacional. “Se os alunos não carregarem com sigo a lembrança viva de nossas glórias nacionais, se não souber que seus ancestrais combateram em mil campos de batalha por causa dos nobres, se não souber que custou sangue e esforços fazer a unidade de nossa pátria e em seguida resgatar do caos de nossas instituições envelhecidas, as leis que nos fizeram livres; se não se tornar cidadão compenetrado de seus deveres e o soldado que ama seu fuzil, o professor primário terá perdido seu tempo”.     
Segundo os geógrafos a empresa de Febvre ameaçava os rumos da geografia, no entanto, segundo o autor, esta “partida já estava ganha antes de começar, pois a escola geográfica já se encontrava em declínio”. Neste acirramento competitivo os Annales foram bem-sucedidos, pois buscaram para defesa de sua bandeira um agrupamento entre as diversas ciências humanas existentes. É a partir destes Acirramentos que ela se define como escola. 

Em suma este movimento dividiu-se em três fases distintas: sendo a primeira, iniciada em 1920 e liderada por Lucien Febvre e Marc Bloch. Esta se estendeu até o ano de 1945, sendo caracterizada pelos embates contra a História tradicional, a história política e a história dos eventos de 1946 indo até o ano 1968. Na segunda, os embates questionam seus conceitos de estrutura e conjuntura e acabam por aproximar-se muito, segundo Burke, de uma escola, com novos métodos e propostas para a constituição de uma História serial e de longa duração. A terceira que se iniciaria por volta do ano 1968, não sendo precisamente considerada a última, liderada por Jacques Le Goff e Georges Duby, é marcada pela fragmentação onde alguns de seus membros transferiram-se da história socioeconômica para a sociocultural, enquanto outros estão redescobrindo a história política.


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quarta-feira, 7 de março de 2012

Resumo de textos


Resumos:

O ciberespaço e a escrita de si na contemporaneidade
Rosa Meire inicia o texto “O ciberespaço e a escrita de si na contemporaneidade: repete o velho o novo blog?” fazendo uma comparação entre as escritas autobiográficas do período renascentista e os blogs na era da internet, onde estes tem proporcionado aos seus escritores liberdade para escrita de seus próprios textos. O autor define que, esta forma de escrita se difere de demais por utilizar a internet a qual é um meio que permite interação e velocidade na criação e postagem dos textos permitindo aos internautas modelar e apresentar suas identidades. Em seu texto Meire reporta que, a escrita destes textos possui dicotomia entre mulheres e homens onde homens buscam relatos militares, políticos, viagem, ação ou de aventura enquanto mulheres enfocam o mundo doméstico, espiritual e interior sendo este visto como pouco interessante para o social. Reporta ainda que, apesar da tradição de diários íntimos serem femininos, este, foi por alguns séculos predominados pelos homens por considerar os diários femininos pouco interessantes para publicação e observa que este quadro, passa a se reverter no século XX. A autora conclui que, os diários íntimos são mais predominantes em adolescentes do sexo feminino e artigos são mais citados por homens adultos e denuncia a existência de preconceitos com as mulheres apesar de este ser um espaço democrático e aberto.


Carvalho de Oliveira, Rosa Meire. O ciberespaço e a escrita de si na contemporaneidade: repete o velho, o novo blog. Blog.com: estudo sobre blog e comunicação. São Paulo: Momento Editorial, 2009.


Aluno: Dourival Caires Teixeira
 
Ler e Escrever na Cultura Digital
 A autora Andrea Cecília Ramal, afirma que por não  conhecerem a escrita as histórias da culturas eram transmitida oralmente e que o mito funcionava como preservação da mesma. Com o surgimento da escrita essa prática foi sendo abolida, pois as histórias passaram a ser escritas, documentadas, registradas. Os conhecimentos passaram da forma subjetiva para a objetiva. Em que o papel da escrita tornou-se fundamental para os registros das culturas da humanidade.A escola se distância da realidade, onde a leitura torna-se algo sem sentido, apenas para memorizar. E quanto ao conhecimento é limitado as normas da língua culta, desprezando os conhecimentos já adquiridos pelas crianças do meio cultural. Ramal define a cibercultura como a porta que se abre para novas oportunidades de interação, agrupamentos e produção de conhecimentos em ritmo acelerado, e que a conexão entre os grupos acontece simultaneamente. Para ela o hipertexto é uma prática revolucionária, pois a mesma se encontra aberta ao diálogo, assim a construção do conhecimento surge de uma maneira coletiva, em que muitas vozes atuam de forma heróica para o conhecimento, o aprendizado. Na cultura digital, ela descreve mudanças que são consideradas inevitáveis, no processo educacional, levando o professor, educador, a refletir, repensar sobre seus conceitos educacionais. Em que os mesmos passem a buscar o domínio das tecnologias favorecendo de maneira benéfica a si e aos educando

 RAMAL, Andrea Cecília. Ler e escrever na cultura digital. Porto Alegre: revista Pátio, ano 4, no. 14 agosto-outubro 2000, p. 21-24
Aluna: Gecilene de Jesus Santos


Resumo:
Comunicação Educativa no Ciberespaço:
Utilizando Interfaces Gratuitas

As autoras Alexandra Lilavati Pereira Okada e Edmea Oliveira dos Santos, neste texto nos mostram a reflexão na comunicação no ciberespaço, utilizando mais ferramentas do sistema de informações especificamente nos ambientes virtuais, levando as pessoas a ter um conhecimento critico sobre determinados assuntos. Além de apresentar como construir novos ambientes virtuais com blogs, chats e fóruns e buscando a interatividade das pessoas e compartilhando conhecimentos. Os ambientes virtuais e aprendizagem, nos leva a entender as novas mudanças ocorridas no mundo cada vez mais tecnológico.
A comunicação educativa através dos novos ritmos de aprendizagem virtual leva cada vez mais pessoas a uma concepção de novos conhecimentos e uma busca sobre os fatos ocorridos no mundo todo. E com os avanços tecnológicos  ocorridos nos proporcionaram muitas vantagens e desvantagens  podendo encontrar conteúdos nos ambientes virtuais que nos levam a ser usuários críticos e inovadores ou então mero dependentes dessa nova tecnologia, pois a versatilidade do mesmo nos  proporcionam a viver nesse meio. Para a construção dos ambientes virtuais, devemos levar em conta  o design simples e fácil de ser usado, para que haja  maior interatividade.
Alexandra Lilavati Pereira Okada e Edmea Oliveira dos Santos
Aluna: Luciene Silva Souza Lima


Resumo do texto :
Ler e Escrever na Cultura Digital
Andréa Cecília Ramal argumenta sobre as culturas desprovidas de escrita, onde as narrativas orais garantiam a transmissão de histórias e buscavam no mito a continuação do processo comunicacional. A autora afirma que a escrita é um meio para o ser humano projetar sua visão de mundo, e tecer linha após linha, as páginas da história. Mas as possibilidades objetivas dos fatos proporcionam verdades permanentes que Ramal acredita desvalorizar a diversidade de interpretações, sendo o conhecimento escolar distanciado da realidade, onde ler equivale a memorizar algo sem sentido, e o conhecimento é limitado às normas da língua culta. Ela aborda a cibercultura com uma nova forma de acompanharmos o conhecimento em ritmo acelerado e uma oportunidade de repensarmos padrões no campo educacional, pois iremos deparar com um sujeito coletivo agrupando interação para produzir ações. A autora considera o hipertexto como uma prática subversiva, por ser aberta ao diálogo, e o conhecimento se constrói a partir de muitas vozes, todas protagonistas na construção coletiva do pensamento. Nessa cultura digital, ela descreve mudanças inevitáveis no processo educacional, sendo imprescindível ao educador repensar os seus referenciais teóricos, os conteúdos, o domínio das tecnologias pelos educandos, e o papel do educador em estimular a utilização desses recursos tecnológicos a serviço do progresso da humanidade. Ramal conclui que a pedagogia intercultural possa criar condições na escola que favoreçam aos jovens o acesso ao conhecimento inerente ao exercício da cidadania, onde o professor atue como mediador, garantindo a formação de cidadãos autônomos, críticos e participativos.
Ramal, Andréa Cecília. Ler e Escrever na Cultura Digital. Revista Pátio, ano 4, agosto – outubro 2000, p. 21 – 24.

Alessandra Silva Aguiar

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

O CASARÃO DA FAMÍLIA ALCÂNTARA - LIVRAMENTO DE NOSSA SENHORA BA

       Casa de Deoclides Alcântara - Não se sabe a data e por quem foi construída. Por suas características tipológicas parece tratar-se de uma construção de meado do século XIX. Seu proprietário mais antigo e provável construtor foi o Cônego Tibério Severino Rio de Contas que, ao falecer, deixou o imóvel para suas irmãs: Cândida Lira da Paixão, Rita e Flora. Deoclides Alcântara a adquiriu em mãos das herdeiras do padre.
        Segundo descrição do IPAC (Inventário de Proteção do Acervo Cultural) realizada em 1980 o edifício tem planta retangular com anexos de serviços na parte posterior. O corpo principal é recoberto por telhado em duas águas. Seu aspecto atual é resultante de transformações sofridas no início do século XX, quando as fachadas principal e lateral esquerda foram adaptadas ao gosto neogótico.
       Na fachada principal existe uma porta central, ladeada por dez janelas, até 1980, guarnecidas por caxilharia em guilhotina. Uma curiosa platibanda gradeada arremata o frontispício. A fachada posterior mantém o aspecto primitivo da casa com portas e janelas de vergas retas, guarnecidas também por caxilharia em guilhotina.
Interiormente, o Casarão dos Alcântaras possui ainda, digno de nota, uma escada helicoidal, semelhante a do sobrado da Prefeitura, que dá acesso ao sótão; dois quartos e uma sala assoalhada, com pisos nos demais cômodos do corpo principal. O anexo de serviços é pavimentado com lajões de pedra, extraída da serra próxima. Os cômodos, voltados para a praça, possuem forro em madeira com abas.          
Ornamenta a residência um rico mobiliário que não se sabe por que milagre não foi disperso entre herdeiros ou vendido para antiquários e colecionadores. Além de uma cama que teria pertencido ao Barão de Vila Velha, Joaquim Augusto de Moura, existe nas duas salas principais mobílias austríacas do século XIX, lustres franceses e espelhos policromados. Dentre as alfaias sobressaem imagens em madeira também policromadas e todo um vestuário inglês em moda no início do século XX nos sertões de Rio de Contas, curiosidades que todo museu gostaria de exibir.
Parte de traz do Casarão
Com exceção do Solar da Lagoa, residência do Senador Tanajura, não existia outra casa em Livramento com mais conforto e luxo do que a casa do Coronel Deoclides Alcântara. Nas noites de Natal e Ano Novo, sua fachada e interior eram esplendidamente iluminados a carbureto, ocasião em que se franqueava ao público a visitação ao presépio, armado na sala principal.

Fonte: Livro História de Livramento - a terra e o homem

Autor: Mozart Tanajura

IGREJA NOSSA SENHORA DA SAÚDE - JUSSIAPE

IGREJA  NOSSA SENHORA DA SAÚDE


Fonte: Família Assunção. 1920

 Fonte: Família Assunção. 2007

Localizada na Praça Coronel Rodrigo Alves do Município de Jussiape-Ba que, se encontra inserido na Região Sudoeste da Chapada Diamantina e localizado sobre as Coordenadas Geográficas de latitude a Sul  13° 30'  33" e a longitude oeste 14° 35' 33" (CEI, 1994) se encontra esta importante construção. Sua edificação ocorreu por mão-de-obra escrava por volta do período de 1850 - 1869 em alvenaria de barro (adobe) e, apresenta paredes com aproximadamente 80 cm de espessura. Possui o piso da nave com cobertura de tijolos de alvenaria cujo acesso se encontra disponível por três entradas frontais e quatro laterais sendo que duas destas dão acesso à capela-mor. São compostas por portas todas em madeiras que demonstram a beleza arquitetônica de sua história.
Atualmente, o prédio passou por reformas organizadas pela comunidade local e o Padre da mesma, não sendo esta a única reforma de sua existência.


                                                                 Fonte: Familía Assunção.

                                                                   Fonte: Familía Assunção.

                 Em sua capela-mor encontra-se um altar confeccionado em madeira e composto por imagens esculpidas em madeira e gesso. Este foi encomendado a Coroa Portuguesa no ano de 1866 e é o único do Brasil. Sua estrutura demonstra o estilo Neoclássico da coluna de São Pedro de Roma ( BAHIA, 1920).
Ao centro encontra se a imagem de Nossa Senhora da Saúde (Padroeira da comunidade local), esculpida em madeira ladeados por outros:Santa Terezinha, Coração de Jesus e dois Anjos.

                                                                Fonte: Familia Assunção.

Vindo de Portugal para Salvador de navio este altar passou por um longo e demorado percurso até o Porto de Salvador. Apartir desta localidade foi deslocado a lombo de burro(tropa) meio de transporte da época  para Vitória da Conquista e de mesmo modo para Jussiape.
Na sacristia encontram-se sepulturas de pessoas da comunidade desde o início do século XX.

    Fonte: Monografia - Soraia Assunção 

SOBRADO DA PREFEITURA MUNICIPAL DE LIVRAMENTO DE NOSSA SENHORA-BA

       Não se sabe a data precisa que foi construído. Segundo Mário do Carmo Tanajura que deixou um livro de tabelião com várias notas histórica, teria sido construído pelas irmãs Castro Coelho pelos anos de 1850 a 1860, entre elas, a senhora Antonia Francisca de Jesus Coelho, que se casou com o médico e político baiano José de Aquino Tanajura. O sobrado, conhecido até 1942, como Sobradão dos Tanajuras, data em que foi vendido a Prefeitura Municipal de Livramento de Nossa Senhora, segundo contava a minha avô, Egmídia Rosa Tanajura, teria sido construido em oposição ao outro Sordo, já edificado um pouco mais adiante, próximo à Igreja Matriz. Quando Antônia Francisca se casou com o Dr. Tanajura, em 1861, suas irmãs doaram suas partes ao casal. Com a morte de Dr. José de Aquino Tanajura ocorrida em 1918, o imóvel passa para seus filhos, que o vendem à Prefeitura em 1942.
       Segundo o Inventário do IPAC, já citado, cujo texto nos servirá de base no conhecimento do nosso patrimônio arquitetônico, o Sobrado da Prefeitura é um edifício de relevante interesse. Possui corpo retangular recoberto em quatro águas e um apêndice posterior com coberura em duas águas, que se abre para o pátio de serviços. Devido à declividade do terreno, o corpo principal se desenvolve em três níveis: porão, que ocupa 50% da projeção do edifício, térreo e pavimento nobre.
       O anexo, que abrigava a Cadeia, tem dois níveis, que correspondem ao porão e térreo do corpo principal. O frontispício é flanqueado por cunhais, tendo nove portas, superpostas por igual número de janelas. Dizem que estas portas e janelas foram confeccionadas pelos escravos do Barão de Vila Velha, Joaquim Augusto de Moura. Todos os vãos possuem marcos a madeira e terminações em arcos plenos. Nas outras fachadas só os vãos do pavimento nobre têm esta forma, enquanto os demais apresentam vergas retas.
       Até a década de 60, a água do telhado era recolhida em calhas artisticamente trabalhadas, para evitar a umidade ao pé das paredes. Estas até certa altura do andar térreo foram levantadas pelo processo de taipa de pilão. Dai para a frente, são de adobes.
       O interior do edifício é simples e despojado de qualquer forma artística, a não ser uma escada helicoidal em madeira, que dá acesso ao sobrado propriamente dito.
       O piso do porão é em terra batida e lajota de barro cozido. O teto é forrado pelo tabuamento do pavimento superior. Originariamente, o sobrado era de uso misto de residência e comércio, transformado em edifício público na década de 40. Foi, durante muito tempo, residência da família do Dr. José de Aquino Tanajura. Este com seus filhos residiam em outra casa espaçosa no sítio Bom Jardim de São José onde passavam a maior parte do tempo. Só permaneciam na Vila durante os dias festivos, geralmente nas festas de fim de ano ou da padroeira da cidade. Então, nestas datas, escancaravam-se portas e janelas, a Vila se movimentava com carros de bois em forma de gôndolas e cavaleiros bem ajaezados, vindo das fazendas.
Fonte: Livro História de Livramento - a terra e o homem - Autor Mozart Tanajura.