UMA BREVE
HISTÓRIA DO CARNAVAL NO BRASIL
No Brasil, o
Carnaval foi introduzido pelos portugueses. Seu nome era entrudo-palavra que
vem do latim introitus e que designa as solenidades litúrgicas da Quaresma. O
entrudo chegou ao Brasil por volta do século XVII e foi influenciado pelas
festas carnavalescas que aconteciam na Europa. O Carnaval daqui foi, até a metade
do século XIX, uma festa de muita sujeira e molhação.
Os escravos a festejavam
sujando-se uns aos outros com polvilho e farinha de trigo, ou espirrando água
pelas ruas com o auxílio de uma enorme bisnaga de lata. As famílias brancas,
refugiadas em suas casas, brincavam o Carnaval fazendo guerras de
laranjinhas-pequenas bolas de cera que se quebravam espalhando água perfumada,
ou então, jogando de suas janelas um líquido não tão cheiroso na cabeça dos
passantes. Por isso as pessoas evitavam sair às ruas durante os dias do
entrudo. Isso fez com que os bailes de máscara, realizados apenas para a elite
durante o Primeiro Império, e, a partir da década de 1840, para a classe média,
fizessem muito sucesso. Nesses bailes, que eram pagos e feitos em teatros e hotéis do Rio de Janeiro, não se dançava o
samba, mas sim o schottische, as mazurcas, as polcas, as valsas e o maxixe, que
era o único ritmam genuinamente nacional. Somente em 1869, quando o ator
Correia Vasques adaptou a música de uma peça francesa e deu para essa adaptação
o nome de Zé Pereira-mesma música que é cantada até os dias de hoje, apareceu a
primeira música de Carnaval. Até então, todas as músicas eram instrumentais ou
em outro idioma. O carnaval da rua, entretanto, quase não existia. Tudo à custa
da violência que tinha o entrudo.
Em países como Itália e França, o carnaval
ocorria em formas de desfiles urbanos, onde os carnavalescos usavam máscaras e
fantasias. Personagens como a colombina, o pierrô e o Rei Momo também foram
incorporados ao carnaval brasileiro, embora sejam de origem europeia.
Fonte:globotv.globo.com
História das marchinhas de carnaval
Marcha de Carnaval, também conhecida como "marchinha", é um gênero de
música popular que foi predominante no carnaval dos brasileiros dos anos
20 aos anos 60 do século XX, altura em que começou a ser substituída
pelo samba enredo em razão de que as escolas de samba não queriam pagar
os altos preços cobrados pelos compositores musicais. No entanto, no Rio
de Janeiro, as centenas de blocos carnavalescos que anualmente
desfilam durante o carnaval continuam, a cada ano, lançando novas
marchinhas e revivendo as antiga.
Foto: Will Assunção |
A primeira marcha foi a composição de 1899 de Chiquinha Gonzaga,
intitulada Ó Abre Alas, feita para o cordão carnavalesco Rosa de Ouro.
Um
estilo musical importado para o Brasil, descende diretamente das
marchas populares portuguesas, partilhando com elas o compasso binário
das marchas militares, embora mais acelerado, melodias simples e vivas,
e letras picantes, cheias de duplo sentido. Marchas portuguesas faziam
grande sucesso no Brasil até 1920, destacando-se Vassourinha, em 1912, e
A Baratinha, em 1917.
Inicialmente
calmas e bucólicas, a partir da segunda década do séc XX passaram a
ter seu andamento acelerado, devido a influência da música comercial
norte-americana da era jazz-bands, tendo como exemplo as marchinhas Eu
vi e Zizinha , de 1926, ambas do pianista e compositor José Francisco de
Freitas, o Freitinhas.
A
marchinha destinada expressamente ao carnaval brasileiro passou a ser
produzida com regularidade no Rio de Janeiro, a partir de composições
de 1920 como Pois não de Eduardo Souto e João da Praia, Ai amor de
Freire Júnior e Ó pé de anjo de Sinhô, e atingiu o apogeu com
intérpretes como Carmen Miranda, Emilinha Borba, Almirante, Mário Reis,
Dalva de Oliveira, Silvio Caldas, Jorge Veiga e Blecaute, que
interpretavam, ao longo dos meados do século XX, as composições de João
de Barro, o Braguinha e Alberto Ribeiro, Noel Rosa, Ary Barroso e
Lamartine Babo. O último grande compositor de marchinha foi João Roberto
Kelly.
Fonte: noticiasderiodecontas.blogspot.com.br
Carnaval de Rio de Contas
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http://4.bp.blogspot.com |
Conforme registros encontrados no Arquivos Público
Municipal de Rio de Contas, o carnaval riocontense teve início em 1913,
ano em que foi organizado o bloco carnavalesco chamado de "Bloco do
Avacalhamento", constituído por um grupo de pessoas que usavam máscaras
com caras de vacas ou bois, confeccionados em papelão e cantavam versos
do Avacalhamento, cuja conotação da letra era crítica e satirizava os
costumes e a política da época.
O
carnaval de Rio de Contas é um dos mais disputados do interior do
Estado. Considerada como a Cidade Baiana da Cultura, todos os anos milhares de foliões lotam o Centro Histórico da
cidade na Praça Esaú Pinto (antiga Praça Senador Tanajura).
Fonte: Arquivo municipal/riodecontas
FEIRA LIVRE
DE LIVRAMENTO

A grande feira livre de Livramento é uma das maiores do
sertão da Bahia
A feira-livre, que se realiza aos sábados, em Livramento de Nossa Senhora, é
considerada a maior do sertão baiano. Tem, praticamente, de tudo. De produtos
piratas a remédio caseiro para cura da impotência sexual. Claro, porém, que seu
forte são os alimentos, frutas, hortigranjeiros e o mercado de carnes. Há uma
variedade enorme de bolos, doces, incluindo a tradicional rapadura, mel de
abelha, farinha. Existem barracas que vendem produtos de supermercados,
calçados, roupas, utensílios para cozinha e uma enormidade de quinquilharias.
Em sua maioria, os produtos são muito atraentes, de boa qualidade e
originários do município, embora haja muitas mercadorias vindas de outros
municípios e até de outros estados, como os industrializados. É uma grande
feira! Mas seu principal atrativo são os preços, principalmente dos cereais e
hortifrutigranjeiros produzidos na região. Ela funciona dentro e em volta do
Mercado Municipal, expandindo-se por ruas adjacentes, a partir da Praça João
Marques de Oliveira, antiga Aloísio Short, no centro da cidade.
Fizemos um giro pelo local e ouvimos alguns dos feirantes mais antigos, que
foram unânimes em afirmar que é uma boa feira. Houve até quem testemunhasse,
por conhecer outras na região, ser a Feira de Livramento a maior e melhor do
sertão baiano. Isso é mais uma prova de que o município transformou-se, de
fato, em pólo comercial e econômico da Chapada Diamantina. Mas houve também uma
opinião unânime: a feira precisa ser mais bem organizada.
Fonte: mandacarudaserra.com

Melhor que o “Viagra”
A outra atração da feira é Maria Aparecida Rosa dos Santos, a “Cida”, que há
cinco anos, segundo ela, vende uma infinidade de remédios caseiros, como pomada
indiana, quina, catuaba, noz moscada. “Para que serve a catuaba?”, perguntamos
só para provocar. Ela ri muito, antes de começar a responder. “Catuaba serve
... (não se controla e volta a rir novamente, até conseguir completar a frase,
envergonhada)... serve para sexual”.
Exigindo uma explicação para objetiva, insistimos: “Faz o que com o sexo?”.
Mais relaxada e sem qualquer vergonha, responde, na tampa: “Aumenta a tesão”.
Não perguntamos mais nada. Mas ela garante que “é melhor que viagra”,
acrescentando que é o produto que ela mais vende, seguido da pomada japonesa,
casca de sucupira e a semente de imburana. Sobre a feira, é categórica: “A
feira é muito boa!”. E, para melhorar, sugere: mudar a cobertura do barracão
que tem goteiras e também colocar um tambor para recolhimento do lixo.
Fonte: http://www.youtube.com
A
LITERATURA DE CORDEL

(...)
Entrego agora pra todos
O meu singelo cordel
Falei da vida do povo
Do escravo ao coronel
Construindo esta terra
Em paz e sem fazer guerra
Fizeram o seu papel.
|
Quem quiser fazer melhor
Que venha aqui escrever
Trabalhar e pesquisar
Queimar pestana a valer
Contar a vida do povo
Desmanchar, fazer de novo
.
|

A professora Ester Lígia Machado Almeida lançou no dia 21, no Centro
Diocesano de Livramento, o seu sexto livro de cordel, intitulado “Livramento
de Nossa Senhora – Oásis do Sertão Baiano”, publicado com o apoio cultural
da prefeitura municipal.
Segundo a autora, a obra trata da história e da memória do município de
Livramento de Nossa Senhora, Bahia, desde sua fundação e colonização, mostrando
as tradições locais, cultura, economia, filhos ilustres, famílias e os modos de
viver e fazer do seu povo.
Acrescentou que o trabalho faz parte do “Projeto Um Cordel Para
Livramento”, classificado em 6º lugar na seleção local e 82º na etapa
nacional do “Prêmio Mais Cultura de Literatura de Cordel – Edição
2010-Patativa do Assaré”, promovido pelo Ministério da Cultura.
O “Encontro Literário” em que se deu o lançamento teve, ainda, a “Exposição
de Arte em Papel Machê”,
do artista plástico Pedro Souza, de Rio de Contas. Ele possui vasto e elogiado
acervo, destacando-se bonecos gigantes e as tradicionais máscaras utilizadas no
carnaval.
Ele começou a carreira em 1987 e já possui obras espalhadas pela maioria das
cidades da Chapada Diamantina, além de cidades maiores como Vitória da Conquista
e Salvador. Em Livramento, ele presta orientação técnica aos integrantes do Pró-Jovem
e do CAPS.